Agências da ONU lançam ações para reverter crise educacional

Você sabia que, infelizmente, ainda há milhões de crianças que não voltaram para as salas de aula devido a pandemia da Covid-19?

Após mais de dois anos do surgimento do coronavírus, continuamos vivenciando uma crise educacional no mundo, onde milhares de estudantes não estão atingindo todo o seu potencial de aprendizagem.  

Apesar de ser um cenário bastante triste, não basta apenas lamentar para conseguir transformar a Educação. Mais do que nunca, é preciso agir para que meninos e meninas, de todos os países, voltem a estudar e consigam se desenvolver integralmente.

E é exatamente isso que diversos líderes mundiais estão fazendo. Agências da ONU – Organização das Nações Unidas se uniram e, em parceria com a instituição de caridade infantil Theirworld, lançaram a campanha #LetMeLearn, cuja tradução significa #Deixe-meAprender.

“É hora de os líderes mundiais ouvirem os jovens e agirem hoje. O tempo está se esgotando e a inação não é uma opção”, afirmou o presidente da Theirworld, Justin Van Fleet.

A iniciativa busca reverter a crise educacional, fazendo com que a voz dos jovens seja ouvida. A partir disso, a intenção é que novos programas sejam colocados em prática, favorecendo o ensino de qualidade para todas as crianças.

Para que você, gestor, possa se aprofundar mais sobre este assunto, preparamos um conteúdo bastante informativo sobre como está a crise educacional.

Dados da Educação no pós-pandemia

São muitas as crianças e adolescentes, de todos os países, que no primeiro semestre deste ano letivo puderam voltar presencialmente para as escolas, onde foram acolhidas e puderam seguir o processo de ensino e aprendizado.

Entretanto, essa não é a realidade de milhões de estudantes e, enquanto sociedade, é preciso que todos estejam cientes desse triste cenário.

Segundo a instituição de caridade infantil Theirworld, neste momento, ainda existem 260 milhões de crianças que não voltaram para a sala de aula. 

A entidade afirma também, atualmente, que metade de todos os alunos não estão atingindo todo o seu potencial de aprendizagem.

Conheça mais a campanha global de Educação

Os dados são alarmantes, não é mesmo? E foi por isso que a Theirworld, junto com as Agências da ONU, resolveu criar a campanha #LetMeLearn.

Para conseguir impactar e sensibilizar ainda mais as organizações e os governantes, a instituição teve uma ótima ideia: jovens de todo o mundo foram convidados a criarem vídeos curtos falando sobre Educação.

Falta de apoio em relação à saúde mental de crianças e adolescentes, baixa qualidade no ensino e falta de acesso à internet para os estudos são alguns apontamentos feitos pelos participantes.

“O objetivo do #LetMeLearn foi mobilizar os jovens para exigir que os líderes mundiais tomem as ações necessárias para que todas as crianças e adolescentes recebam uma educação de qualidade”, cita o próprio site da entidade.

A campanha foi apresentada no dia 1º de agosto de 2022, no mesmo dia em que uma pesquisa da Theirworld mostrou que os jovens consideram que os sistemas educacionais estão falhando e deixando-os despreparados para o mundo.

Segundo a própria instituição, foram ouvidos aproximadamente 10 mil jovens de 10 países.

Mas, afinal, como evitar a crise na Educação?

Os caminhos, certamente, não serão fáceis. Mas é preciso pensar em como evitar a crise na Educação. Ou, melhor ainda, é preciso traçar metas urgentes para conseguir sair dessa crise educacional.

A Theirworld pontua três ações, que são consideradas por eles como essenciais, sendo elas:

- Investir mais na Educação Infantil

- Priorizar mais financiamentos para a Educação de refugiados e crianças deslocadas

- Criar e colocar em prática um plano de financiamento global que inclua o Fundo Financeiro Internacional para a Educação  

E qual o impacto disso tudo para transformar a Educação?

Pode ser que você, gestor, esteja pensando de que maneira essa campanha conseguiu, efetivamente, impactar as pessoas, não é mesmo?

Olha só que incrível. A iniciativa foi lançada durante Transforming Education Summit, que é a Cúpula da Educação Transformadora das Nações Unidas.

O evento foi realizado em setembro deste ano, em Nova Iorque, com o intuito de debater sobre a crise global na educação.

E não para por aí. Pessoas famosas, de várias nacionalidades, apoiaram o #LetMeLearn, como Stephen Fry, Priyanka Chopra, Bill Nighy e Choi Siwon. Nas redes sociais, foram mais de 30 mil postagens com a hashtag #LetMeLearn.

Isso nos mostra que para promover um ensino de qualidade para todas as crianças e adolescentes é preciso de união e muito empenho.

E a melhor parte nessa história toda é perceber que, mesmo sendo uma longa jornada, são inúmeras as pessoas que estão dispostas a lutar por isso!

E como está a crise educacional no Brasil?

Apesar de as dificuldades em decorrência da Covid-19 ser um problema global, é preciso também debater sobre o atual contexto da crise educacional no Brasil. 

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E uma boa maneira de fazer isso é analisando o relatório “Covid-19 e desenvolvimento sustentável. Avaliando a crise de olho na recuperação”.

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O documento foi publicado no final de 2021 pelo PNUD - Programa das Nações Unidas em parceria com o UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância, a UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura e a OPAS - Organização Pan-Americana da Saúde.

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Um dos apontamentos do relatório é que, como as escolas ficaram muito tempo fechadas, como medida adotada para tentar conter o avanço do vírus, isso agravou ainda mais as desigualdades de aprendizagem.

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Muitos alunos não tinham acesso à internet para continuar os estudos e, entre os que tinham, nem todos conseguiram ter um bom desenvolvimento durante o ensino remoto.

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Dessa forma, um dos principais desafios para enfrentar a crise educacional no Brasil é encontrar estratégias para diminuir a defasagem escolar e recuperar o aprendizado dos alunos.

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Também é preciso destacar que o fechamento das escolas afetou, principalmente, as crianças que estavam na fase inicial da alfabetização, o que, segundo especialistas, comprometeu bastante o processo de ensino e aprendizagem desses alunos.

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Um levantamento da ONG Todos Pela Educação mostra que o número de crianças brasileiras de 6 e 7 anos que não sabem ler e escrever cresceu 66% de 2019 para 2021.

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E agora, no pós-pandemia, gestores, mantenedores, coordenadores pedagógicos e educadores têm a desafiadora missão de sanar essas lacunas provocadas na crise sanitária.  

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A gente realmente acredita que o ensino de qualidade pode transformar todo esse cenário. Afinal, assim como você, nós acreditamos muito que a Educação é um dos únicos caminhos para construir um futuro melhor.

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isaac indica

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